Na última quarta-feira (22), o Tribunal Constitucional de Portugal publicou as contas das campanhas presidenciais que ocorreram em janeiro deste ano e que elegeram o novo presidente do país.
Marcelo Rebelo de Sousa, do Partido Social Democrata, havia prometido que faria uma campanha moderada, limpa de outdoors, sem brindes, sem folhetos e que dispensaria doações, utilizando apenas recursos próprios ou empréstimos de seus irmãos.
Levando em conta os resultados eleitorais, apenas três candidatos ainda tiveram direito ao auxílio do Estado. Entre eles, Marcelo, que faturou 165 mil euros, quase o valor total dos gastos de sua campanha.
O sucessor de Aníbal Cavaco Silva gastou apenas 179 mil euros – apesar de ter ultrapassado em 22 mil euros o previsto – em sua campanha, um dos valores mais baixos entre todos os candidatos. Vale ressaltar que, do total investido, 115 mil euros foram utilizados para contratar estudos de mercado e agências de comunicação.
Para se ter uma ideia, em 2006, Cavaco Silva gastou 3.194.100 euros, obtendo 2.746.689 votos. Sendo assim, o custo por voto foi de 1,16 euro. Em sua reeleição, ele conseguiu economizar e gastou 0,80 centavos por eleitor.
Agora, nas eleições de janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu 2.413.956 votos, o que lhe custou 0,07 centavos por cada eleitor.
Recentemente, o presidente foi visto na praia de Cascais, sem seguranças e conversando tranquilamente com as pessoas que o abordavam. Fica aí um grande exemplo para a política em nosso país.
Confira os Gastos dos Candidatos Presidenciais de Portugal
António Sampaio da Nóvoa 924,7 mil euros 1.062.138
Edgar Silva 581 mil euros 183.051
Maria de Belém 541 mil euros 196.765
Marisa Matias 303 mil euros 469.814
Henrique Neto 248,7 mil euros 39.163
Marcelo Rebelo de Sousa 179 mil euros 2.413.956
Paulo Morais 59,5 mil euros 100.191
Cândido Ferreira 28,7 mil euros 10.609
Vitorino Silva 8,1 mil euros 152.374
Jorge Sequeira 6 mil euros 13.954